sexta-feira, 9 de julho de 2010

RAIZ

Morfologia

     É a parte subterrânea da planta, um órgão vegetal que desempenha importantes funções como fixar a planta no substrato; sugar a seiva bruta através dos pêlos absorventes, absorver água, nutrientes, nitrogênio e outras substâncias minerais como açúcar potássio e fósforo. As mais importantes e características são as terrestres. Muitas vezes falta às raízes aquáticas e aéreas (figueira) a função da fixação. São neste caso, apenas órgãos de absorção e armazenamento (sob forma de amida como substância de reserva, como por exemplo, a cenoura).
A raiz típica de uma dicotiledônea é do tipo axial, ou seja, possui um eixo principal vertical à linha do horizonte e desenvolve-se no sentido de centro da terra; trata-se de um órgão subterrâneo.
     As raízes e suas ramificações apresentam quatro zonas consecutivas ela é dividida anatômica e funcionalmente a partir do ápice da raiz.:
• Zona Meristemática: gema radicular (meristema apical da raiz), é uma região de imensas mitoses que ocorrem em tecidos não diferenciado, protegida por uma estrutura formada por células mortas chamadas de coifa;
• Zona Lisa: região onde ocorre o alongamento das células produzidas, crescimento em comprimento; na ponta existe uma capa protetora denominada coifa, esta é seguida por curta zona de alongamento que é a zona lisa.
• Zona Pilífera: é onde ocorre a absorção de água e sais minerais;
• Zona Suberosa ou de Crescimento secundário: onde se formam as raízes secundarias, também ocorrem intensas mitoses dos meristemas secundários (gemas laterais).
     Apenas as dicotiledôneas apresentam crescimento secundário ou em espessura: as monotiledôneas crescem apenas em comprimento (crescimento primário), não realizam crescimento secundário.
→ Tipo de raízes:

Raízes subterrâneas:
• Raiz aprumada, raiz axial - apresentam raiz principal, coifa menor do que as demais, seu comprimento é maior que o das outras, e também ramificações ou raízes secundárias. A axial tem a função também de fazer a fotossíntese. Encontradas na maioria das dicotiledôneas e gimnospermas, tais como pessegueiros, laranjeiras, pinheiros etc.
• Raiz fasciculada ou raiz em cabeleira - são características da maioria das monocotiledôneas, como o trigo, o arroz, todos os capins, etc. Esta raiz é formada por vários eixos, ramificados ou simples, mais ou menos iguais na espessura e no comprimento. Não é possível distinguir o eixo principal dos secundários.
Raízes aéreas
São todas aquelas que, secundariamente, independentes da raiz primária do embrião, nascem nos caules ou nas folhas de qualquer vegetal.
Classificam-se em duas categorias: caulógenas (também denominadas normais) e adventícias, ambas de origem indígena.Ou seja que seu desenvolvimento seja acima do solo.

Raízes aquáticas
Como o próprio nome sugere, são raízes que se desenvolvem em plantas que normalmente flutuam na água. Sua função, diferente das subterrâneas, não é de fixação, mas de absorção de água e sais minerais.

Raízes tuberosas
Muitas plantas acumulam material nutritivo de reserva em suas raízes. Em várias espécies, as raízes ficam dilatadas e recebem o nome de raízes tuberosas.Bastantes destas raízes são usadas na alimentação humana, como a cenoura, a beterraba, a batata-doce, a mandioca e o nabo.

Obs.: raiz tuberosa e caule tuberoso são coisas diferentes: a planta com raiz tuberosa possui o caule e as folhas fora do solo, ex: mandioca. Os caules tuberosos são aqueles que possuem o caule e a raiz debaixo da superfície do solo.


Curiosidade:

• Utilidade para o homem
Algumas raízes são comestíveis, como a cenoura, o nabo o rabanete a mandioca e a beterraba. Estas raízes não devem ser confundidas com tubérculos como a batata, nem bulbos como a cebola, pois estes são caules subterrâneos, e não raízes.Algumas raízes são consideradas medicinais (como o ginseng).

Anatomia

Ao cortarmos uma raiz, na sua zona pilífera, que é a mais significativa, veremos que ela se divide, nitidamente, em duas regiões: casca e cilindro central. Veremos também que após a queda dos pelos, na zona suberosa das raízes das dicotiledôneas e das gimnospermas aparecerão o câmbio e o felogênio, que as farão engrossar, Nas raízes de monocotiledôneas, salvo raras exceções, os meristemas secundários não aparecem, ficando apenas a estrutura primária por toda a sua vida.

→Estrutura primária da raiz
É a estrutura inicial, formada pelos meristemas primários, práticamente igual, com pequenas diferenças, nas dicotiledôneas e nas monocotiledôneas,
Divide-se em duas regiões: casca e cilindro central.

→Estrutura secundária da raiz:
As raízes das monocotiledôneas raramente engrossam enquanto que as raízes das dicotiledôneas e das gimnospermas, depois de um certo tempo, formam meristemas secundários que vão fazer com que passem a aumentar de diâmetro durante toda a sua vida.
Veja na figura abaixo como é que as raízes de dicotiledôneas e gimnospermas engrossam.

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